segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Nas nuvens…

Hoje sinto-me a levitar
No meio da neblina
Talvez por muito pensar
Naquela bela menina
É um sonho bem sonhado
Que tenho sempre em mim
Nas nuvens perco um bocado
A pensar porque sou assim
Mas sou assim mesmo
Disso tenho a certeza
Se no ar eu for a esmo
É sinal de que lá há beleza
Essa beleza que me importa
Em trazer para o meu lado
Anda um pouco absorta
Ainda não lhe cantei um Fado
O Fado da alegria
C’ os pés assentes no chão
Numa nuvem de magia
Bom momento de paixão…

Armindo Loureiro –



Palavras que nos beijam!

Chama-me!
Prenuncia o meu nome
Pinta-me na tua fantasia
olha e verás que te vejo

Deixa beijar teus lábios doces
Sentir o mel dos teus olhos
Não me deixes mudo
Ouve-me peço-te...

Ouve-me
nas palavras que nos beijam
ouve-me
ouve o meu silêncio ...

Manuel Marques(Arroz)


GRATIDÃO SEMPRE (ACRÓSTICO)

G-rata eu sou
R-ompo barreiras
A-mo sem fronteiras
T-enho amor no coração
I-luminada na vida
D-ou e recebo amor
A- natureza dá-me o que preciso
O-lho a vida que tenho e agradeço.

S-ou grata sempre
E-nergia tenho alguma
M-uita fé e amor
P-reciso lutar e vencer
R-evoltada não sou
E-mociono-me facilmente.

A minha gratidão
Sempre de coração.

Mila Lopes


CANTEI UM POEMA

Hoje cantei um poema 
Dum poeta desconhecido (eu)
Seus lindos versos falavam 
De aventuras e ilusões.
E o meu grande dilema
Era ficar convencido
Que todos os versos davam
A mais linda das canções.
EU CANTEI…
Cantei até esvaziar
Tudo quanto havia em mim
E só parei de cantar
As estrofes em equação.
Todos os que queriam desafiar
Ouviram-me até ao fim
E um verso privilegiar
Da minha bela canção.
EU CANTEI…
Aprendi a conhecer
Os meus dotes de cantor
Mas não consegui dar um grito
Ficou-me preso na garganta.
Cantei até o amanhecer
Poemas ao meu amor
Sem entrar em conflito
Com versos que ninguém lhe canta.
EU CANTEI…
E foi para além do céu azul
Lá no horizonte, o infinito
O sol já estava a nascer…
E eu cantei mais uma canção.
Meus olhos postos no sul
Cantei a Deus. Oh Deus bendito
E não me hei-de arrepender
De lhe cantar este refrão.
EU CANTEI…
Cantarei sempre um poema
Contigo no pensamento
Abordarei sempre um tema
Vivido a cada momento.
Da vida daquele que canta
Seus lindos versos de amor
E quem o ouve se espanta
Com seus desabafos de dor.

Joaquim Barbosa


Além do Amor

Além do amor
onde a dor chora,
lá onde o tempo mora,
está escondida a razão;
é um ponto de partida
fixado em uma subida
na estrada da ilusão,
que nos conduz a um céu roto
na mágica de um grande porto
feito de nuvem de sabão.

Escorregadio e macio
engana qualquer olhar...
Mostra um tesouro de delicia
dentro de um pote de malicia
convidando-nos a pegar...

E lá vamos nós cheios de cobiça
pelo chamado que atiça
e nos enleva a tentar...

Mas, a fatal realidade
é um tombo de crueldade
onde caímos a gritar,
até recuperarmos o tesouro
que não é prata nem ouro
é a sanidade à voltar...

Rose Arouck


SINTO-ME EMBRIAGADA PELO MAR 

Sinto-me leve 
Como uma pena a esvoaçar
Em plena brisa do Mar 
Eu abraço o seu perfume
E sinto-me embriagada
Com sua leveza
À caricia no ar aquele vento que nos refresca o rosto
E eu estico-o mais ainda!
Para o sentir no vento com a brisa
E sorri-o ao Mar
Se não fosses tu!
Nada disto existia e ninguém sorria
E ninguém choraria as tuas e as minhas saudades inebriantes
Que me faz sentir feliz e melancólica
És tu mar o meu senhor do perfume apaixonante
E me sentir apaixonada
E resolvida a Amar-te sempre
E canto a tua melodia em voz contente e sorridente
E cheia de felicidade
A sonhar por ti Mar …

autora:
MARIA ALICE FERNANDES


A NOITE 

A noite, minha amada companheira,
Cai sobre o meu sentir, silenciosa,
Como do sol, a aura luminosa,
Libertando-me a mente prisioneira…

A noite, escuridão maravilhosa,
Rainha dos encantos, feiticeira,
Abre neste meu peito uma clareira,
Onde vive uma alma desditosa…

A noite, apura mais o sentimento!
Trás ao de cima a luz, discernimento!
E o coração se abre e se liberta…

A noite, é a ternura, o doce manto,
É o lenço que enxuga e cala o pranto,
É o desabafo, a porta entreaberta!...

José Manuel Cabrita Neves


Recuso-me

Recuso-me...
Recuso-me a deixar entrar pelas frinchas da janela
A luz diáfana, que teima em se aconchegar em mim,
Quero ficar aqui na obscuridade deste meu silêncio
E divagar com os meus pensamentos pelas imagens
Que se abraçam na saudade dos meus entardeceres,
Não quero que a luz interrompa os meus devaneios,
Afagados por quimeras voadas no dorso de gaivotas,
Perfumados pelas maresias do mar da minha paixão!

Encantado com a viagem, guiado pela minha mente
Aporto ao meu mar de emoções, no farol da maresia,
Abro a janela da minha alegria, entra livremente a luz
Evitada, que agora timidamente, penetra pelas frestas
Que iluminam a minha alma com sensações pensadas!

Desperto nesta alvorada de raios cintilantes de vida,
Terna mistura sensorial de emoções, utopias e anseios,
Abraço-me aos suspiros extasiantes dos meus prazeres
E pela janela aberta, grito ao mundo a minha felicidade.

José Carlos Moutinho.


FELICIDADE

Se eu pudesse comprar,
Um bilhete para a felicidade,
Daria tudo o que eu tenho.
Nesse voo queria estar,
Mas,
A felicidade não se compra,
A felicidade não se vende,
A felicidade é um enigma,
Que muita gente não entende,
Viver,
Em felicidade plena,
Não deve ser nada fácil,
Se ela entra em nossas vidas,
Tem a partida marcada.
Porque,
Sentir amor e paixão,
Muitos são os que sentem
Vivemos com muita emoção,
Mas a felicidade não é certa.
Assim,
Felicidade onde moras,
Diz-me a tua morada,
Que eu corre em tua busca,
Ficarás no meu coração encerrada.

(RC) Rosete Cansado


UMA FLOR NUM CAMPO DE GENTE

Encontrei Uma Flor
num Campo de Gente.

Levei-a à serra
pedestal da Terra.

Despi-a de folhas velhas e secas
e pintei-lhe sorrisos com raios de Sol.

Hoje,
o seu sorriso é infinito.

Hoje,
o meu jardim é mais bonito.

Raúl Ferrão


domingo, 26 de janeiro de 2014

O SILÊNCIO DO AMOR

Existe no silêncio uma profunda sabedoria,
Ele sobe alto, atravessa o céu, as nuvens, 
Até os astros...depois, 
Depois desce até à minha alma.
Mas não diz para o que vem....
Senta-se então num buraco profundo,
O sitio mais vazio do coração.
Sente-se o cansaço, a derrota do dia.
Aquele em que ele me venceu.
Porque o silêncio é assim!
E tento fugir do mau estar, de mim.
Esconder-me nas palavras curvas que vou escrevendo.
Já não tenho o que escrever, nem o que dizer.
Tentei adivinhar pelo interior dos teus olhos,
Quando me querias dar um beijo que tardava a chegar
Quando eu era amada e desejada por ti.
Quando eu teimava ainda caminhar.
Não existem mais palavras,
As mãos já me doem de tanto escrever.
Faça-se silencio,
Aquele silencio que vem com o vento,
Que trás palavras incertas, que trás sombras!
E tantas, tantas saudades de ti...
Saudades de beijares a minha boca sem pedires,
De calar os gemidos e neles os meus desejos omitir.
Mas ainda que houvesse silencio, eu quis-te!!!
Inventei-te, reinventei-te,
Até nas curvas do meu corpo.
De nada serviu, foi como um destino sem memória.
Agora buscas palavras de consolo, em mim.
Mas ainda, queres mais....
Queres também que te conte o final desta viagem,
Queres que aprofunde os recantos desta estrada.
Que queres que te diga..
Se quando me abri em flor,
Combatendo o silêncio das palavras,
Tu fechaste-me o caminho, arrancaste-me pétalas,
Mas deixaste-me, um espinho
Nada mais há a dizer,
Porque eu já não sei onde pára a lua,
O sol, a terra, o mar.
Já não oiço a música tocar, nem a minha, nem a tua.
Sei apenas, que as minhas palavras já foram a tua fonte de calor
Agora são o gelo, a cor negra do silêncio.
Mas olha.... um dia,
Talvez eu ainda te possa dizer, como as possas aquecer
E pintar de novo a cor purpura do amor.

Celeste Leite


Dormência: 

Terra que adormeces-te
na preguiça que te fez sono
do morno bafo do sol
acorda que se faz tarde,na quimera dos
sonhos
no enredo das teias que o tempo te teceu
que te aprisionarão se tu não despertares
com o doce sibilar do vento
que te canta a melodia já se faz dia,no calor
do sol a roçar-te os lábios,que te faz sede
de viver
no teu ventre trazes as sementes germinadas
de esperança que acaricias com carinho
no aroma das camélias que perfumam o teu caminho

por ukymarques


O dia amanheceu, eu vi.
Mas, a minha cama deserta,
sem sorriso, sem calor,
fez minha alma chorar...

Os lençóis sem vida,
a noite inteira calados,
agora serão lavados,
e agasalhados na despedida.

A minha vida...
nômade noturna,
caminharão por desertos,
perdida, a tua procura...

- Olindo Santana


A palavra, mulher inocente

Cada palavra está envolta numa nuvem,
Cada palavra é uma expetativa qualquer,
Em espaço, audição e surdina de mulher,
Belissimo segredo que só a palavra tem.

A palavra dilata a mente, a vida também
O coração, musculos e um corpo qualquer,
As mãos escrevem sobre a palavra-mulher,
Com gestos lentos, em silabar que advém.

O Alfabeto, faz pendulo silábico... e parte
Monta palavras num gesto vagaroso, lento,
Compondo as palavras com beleza musical.

A bela palavra, enfeitada de beleza e arte
Procurando um lápis, papel e pensamento,
Apaixonada plo poeta, fazem amor s/igual.

Conceiçao Roseiro.....


Mãos… As minhas

Na palma da minha mão
Vejo as linhas da vida
Não as sei ler…
Fecho os olhos e imagino o sol
Que ilumina cada grão
Grão de areia de um mar que imagino ter
Dentro de cada mão
Em cada linha do meu coração

E o sol que vejo de olhos fechados
É o brilho
de uma mente limpa…
Suave
Brilho intenso planador
… Amor
Como as ondas de um mar,
que se fez ave

Na palma da minha mão
Vejo um caminho traçado
Caminho passado
Caminho onde vivo
Caminho desejado
… Contigo
E ambos,
caminhamos pelas linhas do meu chão
Traçadas na pele rugosa
… Calosa
Minha mão… Minha sina…
Linha sim e linha não
Minha Rosa

E o sol que vejo de olhos fechados
É luz de um ser que não reclama
Que vive
Que caminha pelos caminhos trilhados
A sina de uma vida que me chama
Escrita nas linhas que eu não sei ler
Mas que me fazem crer
Que minhas mãos nasceram
Para abraçar a luz a quem me ama

José Alberto Sá



Aconchegos .

As pedras sentem minhas solidões espero por ti em olhares ! 
Gaivotas em mergulhos aos mares trazem-me belos sacrifícios 
palavras ocêanicas , desorientam minh'alma que proclama ...
Horizontes das belezas espero te amar fundura deste coração !

Perdões em certezas , teus olhos rolam em lágrimas perfeitas .
Aos braços teus , consola-me , não busco palavras em verdades .
Estugam em meu corpo , verdades que me imploram enxergar ...
Aos campos propero as pedras que falam por mim desejo amar .

Ouço coração caminhos sem fronteiras quantas rosas queres ?
Venho em minhas palavras imploro estas solidões desfruta-me .
Abra teu coração meu peito rachando como gaivotas em mares .

Afogo-me sem ninhos dos pássaros , solidões das constelações .
Procuro noites nossas amor você está presente em minh'alma , 
vida sombria fundura meu coração oceanos de teus aconchegos .

Ednaldo F. Santos


Ao Poeta 
Não fingidor 
Porque fingir, não seria amar o mar, sentir pó das estrelas. 
Brincar com elas. 
O Poeta não finge…Sente! 
O Poeta não dorme…Sonha!
O Poeta não é vadio…Vagueia!
Sente e desenha os sentidos.
Sonha, e pinta de mil cores as palavras.
Vagueia…Sim, vagueia.
Nas pedras da calçada que são o mote,
Nas crinas de cavalos brancos a galope
Na gota de chuva que o inspira.
No céu...No mar…No ar respira.
No chora da menina
Na prostituta da esquina
Vagueia sim!
Nos sorrisos , nas lágrimas…
Nos cabelos que o vento beija.
Nos seus anseios e devaneios.
Na dor!
Nos silêncios que esconde.
Nos gritos de raiva que engole.
O Poeta…Sente, sonha…Vagueia…
Nas asas de um pássaro branco
O Poeta não é fingidor
AMA MESMO O AMOR!

Nina Bety in (silencio eterno)


DISSERAM-ME NUM DIA

Disseram-me num dia: - Vai cantar…!
Escreves, sê poeta, é escritor!
Deram-me uma caneta p’ra eu lavrar,
súmulas dos escritos, com fulgor.

Num dia, me ensinaram a pintar,
por palavras, o mundo, em esplendor.
Lavrei um livro justo, a questionar,
quem vive em solidão, além da dor.

Pintei jardins, eu vi, que o mundo os tinha,
a natureza, o céu, tudo provinha
das palavras mais simples e singelas.

Por fim, teci louvores, amizade,
refiz um hino à paz, à igualdade.
Sem fomes, dei ao mundo as aguarelas.

Manuel Manços


“QUERO UM DIA SÓ CONTIGO”

Quero um dia só contigo, falar-te de manhã cedo,
Antes que o sol nos descubra lá junto do penedo;
Para te dizer que te amo muito, falar em segredo,
Baixinho, para não se ouvir, porque tenho medo!

Não fujas, meu amor, tão enfeitada, e tão calada;
Não me respondes, flor amada, mas ficas corada!
Como longe são belos os montes, com seu manto;
Até na cor se confundem com o céu, um encanto!

E perto são mato e rochas, são de outra maneira;
A minha casa é situada no ermo de um vale puro,
E perto do firmamento amar-te-ei pela vida inteira!

O telhado é o céu, e os montes servem de muros;
O vale será a nossa casa, e nada mais eu procuro;
A candeia é luar e sol puro; amor estamos seguros!

Alfredo Costa Pereira


MOMENTOS

Às vezes sinto
Uma tristeza
De alma. 
Como se ela
Quisesse mais
De mim.
Esse é um
Desconforto.
E tento conforta-la,
Olhando para a beleza
De uma rosa.
Que de tão delicada,
Traz consigo uma grande
Lição de vida.
Tão linda e divina,
Mas contem o espinho.
Assim imagino,
Seja a vida.
Bela em sua essência,
Momentos únicos,
Valem pra sempre.
Mas faz parte também,
Os momentos não tão
Bons assim.
Onde a paciência
É testada.
E com amor e compreensão,
O coração acalma a alma.

Solange Moreira


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

PRECIOSO

Não te assustes.
Sou assim.
Intensa sim.
Amo-te com
A força e a magia
De uma águia.
Quero-te de
Uma forma,
Precisa,
Como preciso
Do calor do sol
E do seu brilho.
Precioso tu
És para mim.
Não te assustes.
O meu amor é
Imenso assim.

Solange Moreira


ALDEIAS DA SAUDADE!

Envelheceu a casa e mais um Inverno se aproxima. 
Tudo fica nublado, fica apenas uma paisagem cinza.
E no cimo da íngreme ladeira, fica a minha velha casa,
Porta de madeira, de fecho negro em ferro forjada.
Trepadeiras em arcada, cansada do tempo e de sofrer.
A dada hora o doce lugar ficou esquecido, por preencher.
Viro-lhe as costas, tentando voar nesta vida,
Pobre terra esquecida, o nó que se me atravessa na garganta.
Mas o grito de um tronco, a lareira de novo em chama,
A casa implora a minha partida e a minha presença reclama.
Aquela vila, aquela pacata vida, mas tanto calor!
Não posso partir, na minha infância, eu fui aqui feliz!
Abro a janela, sinto de novo o cheiro a rosmaninho,
Coloco na mesa fruta, hortaliças, enchidos, pão e vinho.
Vejo de novo esta casa florida, iluminada.
Enche-se de amor este lindo espaço pela madrugada,
Fazer o meu ninho, nuns perfumados lençóis de linho,
Levar o milho em grão e trazer sacos de farinha do moinho.
Que perfume intenso do verde nas encostas e colinas.
A frescura das ribeiras a entrar pelas janelinhas.
Flores em botão a abrir, na lentidão da manhã a acordar.
Casa que surges ao sol de mim, no meu encontrar.

Celeste Leite 


SOU AVÓ

Avó
É ser mãe
Duas vezes
É querer dar tudo
É educar também
É ser amiga
E companheira
Tanto na dor
Como na brincadeira
É sentir
O coração a pulsar
De alegria
Com um amor enorme
Que com outro
Não se pode comparar
É compreender
E respeitar
É uma maneira
Diferente de Amar
Ser avó…
É ser doce
É sentir o coração
Apertado
Por não fazer a vontade
A tudo o que pedem.
Eu sou avó…
Amo minhas netas
E meu neto
Faço muitas coisas
Mas não me arrependo
Mas fico tão triste
Se os vejo a chorar
Eu quero-lhe
Dar beijinhos
Aperta-los
Juntinho a mim
Com muito amor
E carinho.

Mila Lopes


A CARTA...

Há muitos anos atrás 
Uma carta recebi
Ela (a carta) era de alguém
Que nunca conheci
A sua carta dizia...
Que por mim (estava apaixonado)
Disse-me dos seus dados
Nem sequer... sorrisos trocados
(Ele) queria que eu o visse
No (sítio) que sabia, que íamos estar
Escreveu a roupa que ia vestir
Para (eu o reconhecer) e se possível lhe falar
Mas não... não aconteceu
Nem sequer nunca... lhe ouvi a voz
Meu coração já tinha (dono)
Oh que vida atroz...
Digo (atroz)
Porque a vida é ingrata
Sim... Ambos fomos em frente
Ele seguiu seu caminho
Tal eu segui o meu (evidentemente)
Por muita gente...
Eu soube que... privou comigo
Sempre... sem eu saber
Chegamos a estar (lado a lado)
E eu... sempre sem o conhecer
Veio o momento drástico
Em que eu fui saber
Que esta pessoa (infelizmente)
Pouco tempo tinha para viver
Resta-me fazer o quê 
Em poema desabafar...
Agradecer-te... Homenagear-te... (L.C.)
Por um dia me quereres Amar...

Peço desculpa a quem me lê
Meu coração (humano) ficou aliviado
Penso... não é pecado
Num (todo) o que escrevi
E aqui te respondi (L.C.) 

A uma carta de Ti...

Florinda Dias...