sábado, 31 de agosto de 2013
AMO
Amo a vida
Que eu que tenho
Amo viver
Amo todos
Amo-te a ti
Amo-me a mim
Amo meus amigos
A minha família
Amo sonhar
Amo cantar
Amo...
O sol
A lua
As estrelas
A brilharem
Amo...
A chuva
O vento
O mar
As flores
As cores
Os sabores
O sentir
Os instantes
Dos meus dias
Amo...
Os meus
Pensamentos
Os lugares
Em que eu vivi
Amo a verdade
Amo sorrir
E amo teu sorriso
O teu cabelo
Os teus olhos
E o teu olhar
Amo...
Tudo nesta vida
Que Jesus me deu
Com alegrias
E tristezas
Amo todos
Amo cada coisa
Amo tudo o que vejo
Cada lugar
Cada pessoa
Mesmo aqueles
Que não mereçam
O meu amar
O meu amor
Há!
Esse eu
Amo!
Simplesmente
Porque sou feliz
E estou viva.
Mila Lopes
Procuro-te
Em cada esquina,
Em cada olhar,
Procuro-te…
No vento solitário,
Abraço as tuas palavras.
Sopro pensamentos
Levados e cobertos por areia.
Isolada nas engelhas dos lençóis,
Nos meus sonhos
Quero-te ver…!
Preciso de ti…!
És parte amputada de mim.
Desejo-te nos sons perdidos,
Entre quatro paredes.
Milhares de distância,
Do teu toque…
Do teu beijo…
Escassos instantes convivemos.
Abraça-me esta noite,
Que durará eternamente,
Antes da manhã te arrastar.
Céu Pina
“A ARTE”
A arte mistura-se na paleta
E pincela-se na tela;
Nasce a obra, a aguarela
Que se inventa no seio do artista
E se cresce nas cores da vista;
Pelo sensorial consciente
Se deleitam as cores da natureza
Que amanhecem na tela
Que é a aurora d’arte;
São cravos, papoilas, lírios…
Uno momento,
Um campo de fogo e delírios;
Amarelos, vermelhos, violetas
E outros demais, quantas letras
Para soletrar neste fogo-de-artifício
À vida, quão belo oficio.
Unem-se os trovadores,
Os poetas, os artistas,
Os pintores…
Na paleta do pensamento
E se cresce pelo pincel o desejo…
Poesia, musica, pintura…o realejo;
As expressões de beleza
Que são a alma do artista
E o brasão de culturas_
_A ARTE, uma surpresa.
RÓ MAR
BOCAS SÃO UM HORIZONTE!
Quimeras de mel!
Entre quatro paredes!
Brincando sobre o teu corpo...
No descobrir de recantos...
Amor flor-de-lis!
Sonho, utopia, mistério infinito!
Brotando a flor do amor...
Pousa nela um beija-flor...
Que voa sobre o arco-íris da tua face!
E, em versos, suas cores contemplarei!
Jorrando, lavas do meu amor colorido!
Ao som da lira cantarei...
Composições poéticas da alma criança!
Festejo de amor em dança!
Recolhendo os toques do seu carinho!
No refúgio do meu peito que arde!
Foste para os braços do sonho!
Viajando no tempo e no espaço...
Pousando no suave ninho!
Mãos se amparavam...
No atalho dos teus beijos...
Bocas são um horizonte!
Olhos uma estrada!
Nós uma caminhada!
Juntos!
Um estado de graça!
Juliani Rosendo
AMOR SEM LIMITES
Para o nosso amor
Não há fronteiras nem limites
Em qualquer canto que seja
Dar-se lindo, como se permite...
Quando a tenho em meus braços
Todos os sonhos em nós existe!
É um amor sem precedentes...
E posso certamente me reportar
Aos personagens da mitologia
Dos deuses Eros e Afrodite!
Para nós não existe segredos...
Fomos apenas feitos para amar
Um ao outro é nosso enredo!
Vivemos de sombra e água fresca
Nos dias quentes nos despimos...
Com ânsia e o desejo dos amantes!
E nas noites que o frio é opositor...
Nos agasalhamos verdadeiramente
E nossos corpos é o nosso cobertor!
Genésio Cavalcanti
Meu Risco, Meu Rabisco
Do risco,
Colho o perfume perpetuando
Meu verbo encantado
Na voz do escriba,
Amante da letra lamparina,
Da centelha aberta aos olhos do coração!
No rabisco,
Encontro a fonte delineando
Meu poema traçado na
Na imagem, feminina,
Na felina escultura brotando
Em refrões desaguando
Em pipas apaixonadas,
E sonetos sensitivos!
Do risco,
Cubro-me em esmeraldas,
Garimpadas na alma charmosa,
Dengosa, a chama latente
Provida em sensibilidade
E a simplicidade da mulher
Que ordenha a vida
Ao desabrochar da paixão!
No rabisco,
Teço minha teia pescando
A ideia, o sonho, a lenda
Viva que a todo instante
Paira sobe este humilde
Birô de lamentos amorosos,
Pura melancolia adentrando
Nesta típica moldura barroca,
Ali, d’onde pinto você
Em harmonia, em amor
Que só a minha lágrima
Sabe sentir!
Auber Fioravante Júnior
SORRISO
O sorriso da noite derrama-se sobre mim,
Segue a luz clara da imensidão…
Quando a lua desponta na solidão
Cai silenciosa no meu jardim…
E o seu sorriso aberto é sempre assim:
Não há para mim noite nem escuridão,
Há sim noites de sonho e mansidão,
Noites amantes, belas e frescas e como cetim…
O sorriso da noite desabrocha maravilhoso
E sendo assim tão belo acorda de manhã
Quentinho, jovial, ameno e silencioso…
Depois da manhã outra vez o brumoso
Da noite que se deita no cobertor de lã,
Aconchegante, leve e carinhoso…
MARIA JOSÉ SARAIVA GASPAR GONÇALVES
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
O HOMEM E O POETA
Disseste-me que era o poeta que tu admiravas
E que o homem não contava nada pra ti,
Fiquei triste por eu ser o homem que o poeta
Encarnou, e que escreveu os teus poemas.
A tua intriga foi tão violenta e tão ingrata
Que eu me zanguei com o meu poeta,
E deixei de dar versos pra seus poemas,
Por me ter faltado a inspiração desejada.
Foste egoísta, desvalorizaste o homem,
Ficaste obcecada pela beleza do poeta,
Que mais não é que a pura encarnação
Do homem que abominaste sem razão.
Já não confio nas palavras elogiosas
Que me diriges agora, pra te redimires,
Da tua ingratidão e teus maus tratos,
Que separaram o homem do poeta.
E assim acabaram os poemas do poeta,
Que deixaram de contar com o homem,
Que lhe dava os versos pra escrever,
E que nunca, nunca mais vais poder ler.
Ruy Serrano,
“RECOMEÇAR”
Asa desperta do meu sonhar, brisa caprichosa,
Cinza apagada que em chama viva renasceste,
Apenas com o prazer suave do afago de uma rosa…
Esta rosa vermelha que me deste!...
E todo o sonho antigo, de repente,
Se instalou na minha alma para sempre!
E me prendeu, cativo!...no sonho de um amor amanhecido!
Agora estou tranquilo; nada temo nem vacilo;
Guardei o meu tesouro em bom lugar
Jamais a indiscrição de olhos insanos mo pode tirar!
Alfredo Costa Pereira
MEU CORPO, MINHA ALMA
O meu corpo deveria ser como a neblina,
Onde nada se acomoda-se permanentemente.
Que os sonhos se espalhassem, sozinhos
Sem o limite da forma, e as nuvens fossem
tao frageis como a alma liberta e receosa.
A minha ilusao seria diferente, corajosa
Como os pesadelos sem escrupulos,
Que me atacam, sem razao aparente.
O meu corpo serve de prova de existencia.
Nao confio no conceito, porque sou eterno.
Todo o mar e imenso, mas precario.
Seria eu talvez como o mar,
Se o meu corpo fosse neblina.
Todos os sons misturados sem nexo,
Sem sentido necessariamente correcto.
Assim sou eu, a minha alma.
Indiferente a areas e espacos.
Irreverente com a imposicao de regras.
Flutuo como o ar, mais espesso ou lasso,
Envolvendo quem me atrai, num abraco.
Se nao tiver sentido o que escrevo,
A vida nao tem razao de existir.
Serve assim so, para transportar o que digo.
Sem apelo nem agravo, em desalinho continuo,
Me transformo incessantemente neste fardo.
Quero deixar sair a alma, ainda vivo,
Para que saiba como sou afinal.
Quero sentir prazer em partir, quando o fizer,
Como um sopro, uma neblina curiosa,
Ou ate mesmo, outra coisa qualquer.
Publicada por Carlos Lobato
A IDADE NO TEMPO EM MIM
Em milhões de séculos navego
Nos meus braços jogados ao vento.
E quando os recolho, carrego
Entre os dedos a ternura do tempo.
Verto a lágrima quente, esquecida,
Guardada em silêncio fugaz
Que em momentos únicos da vida
Foi tudo do que fui capaz...
Meus versos/vida de relento feitos,
Diluíram mágoas, criaram raízes,
Cresceram gritando, assim deste jeito,
Pintados da cor das gentes felizes.
Paula Amaro
VAGUEIA A NOITE PELOS CAMINHOS
Nua, a noite, vagueia pelos caminhos,
envolvida em seus segredos e cansaços,
de gente que acomoda os seus espinhos,
soltando os seus anseios e embaraços.
Vibra ao longe a voz do tempo, em desalinho,
sobre as margens do riacho dos teus passos,
naquela casa térrea, entre os moinhos,
no Monte, em que parecem ser dois laços.
Há olhares que nos espreitam entre as telhas,
fogachos de mel mais livres que centelhas,
em leito de quimeras onde te amei.
Lá chegou o luar e foi espreitar
este meu querer e para ir contar
como no teu belo corpo o meu deitei.
Manuel Manços
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
BRANCO
acordei em branco
cabeça nas nuvens
nuvens de algodão
sonhando com a paz
da beira do mar
ah o velho mar
sempre a me seduzir
com sua espuma branca
peculiar e salgada
as gaivotas rodando
entre o azul do céu
entre o azul do mar
e o marinheiro só olhando
marinhando e cachimbando
seu sorriso barbudo
entrando no meu sonho
sonhado acordada
sorrindo sozinha
no amanhecer branco
de todos os dias
Mô Schnepfleitner
Devaneios Coloridos
Cativo do desejo vou passando o tempo
Em devaneios coloridos vejo teu olhar
Na cidade distante onde mora o vento
Brilho de esmeralda que me faz sonhar.
Teu sorriso meigo de suave ternura
Lábios rosados que só penso em beijar
Sedosa pele clara como a luz da lua
Paz que enternece como o azul do mar.
Te vejo correndo no vale iluminado
Brincando com a primavera em flor
Sem perceber um coração apaixonado
Que por ti vai transbordando de amor.
Anjo sublime que a natureza encanta
Tesouro brilhante que enfim encontrei
Voz melodiosa que meu sono acalanta
Mulher deslumbrante que sempre amarei.
No alto da verde floresta vejo o Redentor
Abençoando a cidade que me viu crescer
Faço uma prece para proteger o amor
A quem entreguei-me sem nada temer.
A dor da solidão que vem com a saudade
Os dias que passam para nunca mais voltar
Barco que não resiste à fúria da tempestade
Rios que terminam sem alcançarem o mar.
Portas fechadas nas noites frias e silenciosas
Esperança agonizando num coração carente
Espinhos desprezados por protegerem as rosas
Desilusão que faz do devoto um descrente.
Sigo persistente só porque te quero tanto
Que nada que aconteça consegue mudar
Esse sentimento que compensa o pranto
Mantendo a esperança de te conquistar.
No dia que me deres a chave de teu coração
Livre do tédio que o destino te proporcionou
Nos meus braços sentirás o que é sentir paixão
E que finalmente um grande amor te encontrou.
Autor: Falcão S.R
EMBARQUEI NUM SONHO
Na fragilidade da vida,
Embarquei num sonho.
De letras letras fiz o meu querer,
Construí barcos para assim poder navegar...
... No meu sonho, numa lágrima caída,
Transformada em mar!
Procurei quem comigo quisesse vir,
Éramos mais com o mesmo sonho.
Levantamos âncora dos barcos de papel,
Construído, decorado a letras e...
Lá fomos nós, para na vida renascer...!
Mc.Batista
(Maria Batista)
Olho em ti…
Abro os olhos e não te vejo
Não sei por onde te passeias
De manhã quando te beijo
Gosto-te dessa maneira
Amarrada ao meu ser
Faço-te uma brincadeira
Que alegria, é só prazer
E agora não os quero abrir
Quero ver-te no seu interior
Num olhar que há-de sentir
Sempre por si o seu amor
Teus olhos encaram os meus
Duma forma singular
E logo olham os céus
Como que a pedir para os amar
Amamo-nos com impetuosidade
Naqueles belos momentos
E no fim dizes-me com saudade
Querer mais daqueles tormentos
Ai que tormento tamanho
Nós os dois temos passado
Nesse momento de antanho
A nos dar um bom recado
Mas que bela esta lembrança
Do amor que temos em nós
Em mim vive a esperança
De em ti jamais perder a voz
Armindo Loureiro
SEJA MEU CÉU!
Eu te amo, como te amava, como te amei!
Tento separar o céu de ti poeta, não poderei!
Tu és o verdadeiro céu, és meu céu viajante!
Enfeitado por estrelas cintilantes!
Encanta-me, como encantas a nostalgia!
Em qualquer lugar, noite ou dia!
Com teu véu de amor sobre a noite nua!
Bem sei, minha alma é tua!
Encontro-te no lirismo do poetar...
Num dilúvio dos teus sonetos...
Acende a chama do meu amar!
Eis-me aqui, embriagada!
Pelos versos da tua boca!
Esculpida pela delicadeza...
Das tuas palavras!
Ao alcance da poesia...
Ah, vejo-te aqui!
No cálido horizonte de ti!
Na plenitude do amor!
Sacia-me de mil carinhos!
Seja meu céu!
Juliani Rosendo
Ainda é mar
Mar/Verão
Mar/emoção
Rasgar o céu
Ave ladina
Gaivota
de fábula,
canto e piar
ao fim da tarde.
Barco/garras
do destino
jogo
do natural
contra o humano.
Mar/imaginação
levas armadura
e sacias-te
na ternura.
Sexo
não é drama.
Passeio
não é
luta.
O teu pôr
do sol
é o piscar
do tempo
no teu olhar
rosto,
seios,
no teu
sonhar.
Agostinho Borges De Carvalho
O AMOR, EU E VOCÊ...
Um dia, como saber...
Se ao longo da vida
Permaneceremos juntos
O amor, eu e você?
É certo que o cotidiano
As vezes até atrapalha...
Noutras tantas não disfarça
E até torna-se leviano!
Cria situações embaraçosas...
Principalmente se demonstra
Quando aparecem as rugas
E a pele daquele corpo bonito
Deixou de ser lisa, viçosa!
E quando menos se espera...
Aquele amor lindo, maravilhoso
Encontrou noutro amor uma fuga
E num piscar de olhos...
Perdeu o bonde... já era!
Trapaças da vida ou da sorte?
Como encontrar outro norte
Depois de tanto amor dedicado?
E de uma hora pra outra
Perdeu o encantamento
Transformou-se em passado
Virou desilusão, dissabor!
Será que era realmente amor?
Não, não era amor!
Amor verdadeiro não acaba...
Renova-se a cada dia!
E tenho plena certeza
Que o amor, eu e você
Permanecerá eterno
E assim seremos três inseparáveis...
Felizes, apaixonados e fraternos!
Genésio Cavalcanti
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
UM OLHAR DE AMOR
Não tem idade,
Tem história
Para contar.
Se divide
Em ternura
E desejo.
Bebe o
Sonho de
Amar.
Sorrir,
Chora,
Vê e pede
O corpo que
Quer tocar.
Devaneia,
Faz amor
Com as
Lágrimas,
Da paixão...
Um olhar
De amor
Sempre
Está num
Verso
Alegre ou
Num verso
Triste
De uma
Poesia,
Em busca
De alguém,
Muito
especial
Para
Sonhar!
Vanuza Couto Alves
Vulcão no ventre
Desejo que queima por dentro
Lava que se espalha
Na pele suada
Coxas que dançam
No corpo que não descansa
Gemidos
Gritos
Tabus banidos
No espaço preenchido
De palavras que queimam
De intensos aromas
Escorrem os sentimentos
Voam
Libertas as mentes
Sorriso que se esbanja
Nos lábios que brilham
Beijos que se espalham
Em melodia que arrepia
Vulcão no corpo
Chama Vermelha nas veias
Amor que Canta
(Cris Anvago)
DEPOIS
Percorri o caminho do poema
e em êxtase me quedei
vendo as aves na azáfama
de colher a ternura.
E vi nas mãos do poeta
o gesto e a pena
aguardando o luar.
Depois sorri, pensei...
Sei o nome das estrelas
vejo o teu rosto através delas
e o brilho do luar
que ilumina a minha noite
até a manhã chegar.
Depois, adormecer, sonhar...
Depois...
Paula Amaro.
ATRAVESSAR.
Respiro o mar
Me descomponho nesta
areia,
pele ardente.
Um oceano,
um olhar perdido na soleira
da mente.
Atravessar...
Romper as amarras deste
continente
Enroscar-me em teus pelos
Rolar pela areia quente
Voar como gaivotas pelo ar
Possuir teus lábios
simplesmente...
amar.
Teresinha Lydice Cardoso.
ALENTEJO EM MUDANÇA
Pode a vida ser mais bela
E mais consolo na dor,
Se na terra houvesse aquela
Planta onde floresce o amor…
Resistindo à tempestade
Só as águas da temperança
Que inundam de verdade
Este Alentejo em mudança!
Meu país de terra e mar
E de loiras raparigas
Que embelezam o luar
Com suas lindas cantigas…
Rezando ao céu azul
Quando faltam as águas
Nesta terra, ligada ao sul,
Dilatam as nossas mágoas…
MARIA JOSÉ SARAIVA GASPAR GONÇALVES
Desejo
Acordei
Com vontade de cantar
Levantei
Com firmeza de dançar
Abri a janela
Com a certeza de te ver
Saí à rua
Com o desejo de abraçar
Dar um beijo
No sol que está a nascer
Molhar a boca
Em teus lábios feito fonte
Calar o medo
Em teu corpo robustecer
Em segredo
Extasiados subir o monte
Num rochedo
Deitados de olhos ao céu
Num sorrir
Sem escolhos e sem véu
Poder tocar
Nutrir teu ofegante respirar
Mão na mão
As nuvens brancas beijar.
(Só a Ti)
Joserodrigues/zeal
Poema aprendiz
Eu sou o poema
De um poeta aprendiz;
Sou a voz do coração
Entregando-me as palavras
Que calam e arremetem
Sentimentos como dissonâncias
Ascendentes de uma lira zodiacal!
Sou a voz da alma
Visionando sonhos
Que seguem como rios
Desviando obstáculos,
Crescendo como nascentes,
Lírios de um desejo guardado
Nas linhas de um pescador
Maestro de suas emoções
Escritas nas areias de uma
Pátria banhada com o
Verde que a vida oferece!
Eu sou o poema
De um poeta aprendiz;
Deixando nas alvas folhas
Um pedaço de mim!
Auber Fioravante Júnior
terça-feira, 27 de agosto de 2013
AMAR É UMA ARTE
Quão difícil é saber amar, por ser arte.
É a simbiose da pintura, da escultura,
Da música da poesia e de sentimentos.
Amar é temperar estes ingredientes,
Usá-los com moderação, sem usura,
Transmitindo sua arte pura e madura.
Por muito que se queira saber amar,
Não se encontra o melhor jeito e arte,
Por não se conhecer a pessoa amada,
Nem se saber como lho confessar,
Invejas e ciúmes alheios é de evitar,
Por nos amigos, jamais se confiar.
Os artistas das artes são humanos,
Por isso também amam, com arte,
Mas por vezes fazem más misturas,
Depreciando a sua arte de confessar
Quanto amam a sério, a sua amada,
P’ra evitar sua fuga em debandada.
Amar é uma arte que de tão difícil,
É só p’ra artistas com sensibilidade,
Que saibam controlar a emotividade
Não ferindo o íntimo da sua amada,
Que muito deseja ser ela a desejada
Em desprimor doutra imprevisível.
Ruy Serrano,
Minhas Mãos
Minhas mãos são conchas que se abrem
Quando as tuas se aproximam
Quentes, macias, tateiam as minhas
Que sorriem e se queimam também!
No fogo que arde escondido
Nas pregas da tua pele
Seda de carmesim
Incendiando meu corpo
Em lençóis de cetim...
Lábios que se colam
Nas cerejas por eles pintadas
Num fogo lampejante de querubim
Vem, meu amor
Quero amar-te assim!
Sem reticências…
Exclamações!
Apenas sentir-te colado a mim
Como anjo sem asas
Cortadas pelo vento
Para fazeres parte de mim!
Alda Melro.
Tu és única…
Olho-me no remanso do teu olhar
E vejo-me como ninguém
Só tu, para eu poder amar
Desta forma contigo meu bem
Amor, assim me obrigas
A rever meu pensamento
E a mandar tudo às ortigas
Só contigo esse momento
Um momento que se quer
Pela beleza que ele contém
Não é para qualquer mulher
Tu és única, a que me convém
E dentro dessa conveniência
Ele há coisas que ficam em mim
Quando te olho ai que apetência
Até grito por não te ter assim
E acho que tu fazes o mesmo
Porque o vejo no teu olhar
Tens vontade de levar a esmo
Esse corpo que eu quero amar
Armindo Loureiro
Voar na poesia
Foi há tanto tempo
Mesmo com quedas
Mesmo com fracturas na cabeça
Quero voltar a ser criança
Minha vida era diferente
A voz da minha avó estou a ouvi-la
Dizia aos meus irmãos
Olhai a menina
Eu tinha-lhe muito amor
Ela amava-me muito
Era um vai e vem de preocupação
Pois era a mais pequenina
E a mãe dava-me bonecas
Pratos para lhe dar de comer
E adorava a brincadeira
Panelas para cozinhar para as bonecas
E o fogãozinho era tão riquinho
Hoje detesto tudinho
Cozinha não havia de existir
comer sim e coisas boas
quando estou no pc ligo o fogão
Quando estou em poesia
Deixo queimar a comida
E lá se vai a refeição
Mas a verdade é:
Quero voltar a ser menina
Isto de ser cinquentona dá muito que fazer
E quero ter bonecas
Panelas nem pensar
Levo as bonecas ao restaurante
Levo-as ao parque como dantes
O pai sorria e dizia:
Ela nem pode com elas
Tinha cara vidrada
Era de porcelana eu dava-lhe papa e dizia:
Tirei a avó
Elas sorriam
comentavam
que criança! ninguém a ouve!
Era um sossego
Agora sou um papagaio
E respindona é o mal de ser cinquentona
Gostava de regar a roupa que a minha avó tinha no coradouro
Deram um regador bem pequenino
Que consolo
A roupa nem corava já ficava lavada
E a mãe ralhava
Esta quieta Alicinha
E eu sorria, eu gosto
E a avó dizia:
Deixa a menina!!
Isto tudo eu era criancinha
Que saudades daquela vidinha
Quero voltar a ser menina Alicinha
MARIA FERNANDES
“FELICIDADE”
Abraços de Sol que já conquistei,
Beijos de alvorada que já provei!
Clarões de luz que já vislumbrei,
Roteiros de estrelas que já fitei!
Berços de ternuras que já embalei,
Palavras de amor que já escutei!
Montanhas da vida que já escalei,
Caminhos sonhados que já pisei!
Mar alto de amor que já cruzei…
Mas há mundos de poesia que ainda não desvendei!
Será por sorte, ou pelo amor que já te dei?
Confesso que não sei!
Alfredo Costa Pereira
Mulher de vermelho
Que a distância não apague
Em ti a minha existência
E o nosso enlevo, pleno
Que os nossos corpos
Permaneçam enleados, no imaginário
E o calor das palavras penetre, demorado
E perpetuamente na candura da nossa alma.
Que a paixão, clame
A cada instante, harmoniosa
E no alento perdure
Sôfrega aos meus-teus olhos.
Que a ânsia não arrefeça
Persista, cadenciada e cristalina
Que a fantasia, se encontre
No corpo e se sirva viva e adubada.
Que suspire, incessantemente
Trema nos versos, sem cansaços.
Que o bálsamo das prosas
Cultive e aflore
Eternamente o meu regaço…
Que no presente
Me aprisione com devaneios
E com gestos delicados
Me alague em carícias
E seduções infinitas
Enquanto te alucino e penso.
Que o fôlego dos meus sonhos
Floresça de madrugada
Na tua alma nua e extasiada
Que os meus sonhos
Longos e sabidos
Sorriam e estremeçam, suavemente
O teu e o meu corpo…
Não consintas…
Que o que eu experimento, seja passado.
Telma Estêvão
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
TARDE MUITO TARDE
Perdi muito tempo
Por mais que sinta
Preciso de calma
Acalmar minha alma
Vou seguir em frente
Sinto fome
Do que perdi
E não vivi
Palavras
Que não falei
Olhares
Que não troquei
Vontade de viver
O que a vida me roubou
Amanhã posso não falar
E ser tarde, muito tarde
Se tudo o vento levou
Amélia Amado
Esperei
Vestida de ansiedade,
Esmolei ao vento.
Esperança…
Semeei mil cores,
Juntei pontas, uni fios.
Sou sombra de ti,
Súplica declina na noite.
Vivi horas, falei sonhos.
Beirais, gotejam lágrimas do céu.
Mergulhei no lamento da espera.
Rasto lava feridas,
Bebi a dor, nas fendas rasgadas.
Viuvez selada,
Coração cego,
Feitiço contaminou teus olhos.
Com fogo e mel,
Perfumei meu ventre,
E esperei na solidão por ti.
Céu Pina
DE CORPO INTEIRO
Meu grito louco,
baixinho, a medo,
ouve-se pouco,
quase em segredo.
Quero gritar sem dó
como quem canta,
soltar este nó
preso na garganta.
Libertar as notas
desta canção,
mudar as rotas
do coração.
Fazer a vida acontecer,
sair do “NIM”,
olhar e ver,
sorrir pra mim
sem compaixão,
pisar inteiro
e ter então
meu corpo inteiro.
Paula Amaro
ESTRELA DO MEU CÉU!
Meu coração sentimental...
Pensou tão forte em ti!
Acreditando até...
Que num suspiro absurdo!
No meio do mundo!
Meu nome veio à tua boca!
Numa explosão de amor!
Meu pensamento foi tão profundo!
O vento levou meus beijos...
Procurando-te!
Nos quatro cantos do mundo!
Lágrimas rolaram...
Da minha e da tua face!
Na música...
Dos meus e dos teus suspiros!
Farta-me de ti!
Toca delicadamente!
No amor que lhe pertence!
Explica-me?!
Por que meus olhos...
Não vivem sem teus olhos?!
Estrela do meu céu!
Por que o amor tem teu nome?!
Lado a lado...
Distantes, mas não separados...
Porque distâncias!
Não apagam lembranças!
Não impedem andanças!
Que caminham para se reencontrar!
Mesmo que entre os dedos!
Escoem duas vidas!
O retorno pode ser fabuloso!
Espera-se que no mar das saudades!
Atravesse o oceano entre as idades...
Tocando-se duas almas...
Que se buscam?!
Na espera milenar!
Juliani Rosendo
Um fado
Fado ofertado e sentido a dois
Vestido com alma e saudade
Entoado com lágrima e depois
Cingido no xaile da mocidade.
Mas o fado nem sempre é triste
Que o diga um alegre coração
Que canta com garra e resiste
Ao ver a público em emoção.
O fado é a guitarra e poesia
É a voz timbrada do fadista
São versos na ponta da pena
Quadros pintados de artista.
O fado é sentimento fortificante
Momento de arrebatada paixão
Cantado em silêncio é o bastante
Para fazer comover a multidão.
joserodrigues/zeal
JÁ NÃO ÉS O MEU OÁSIS
As flores no meu oásis já secaram…
As palmeiras são apenas tristes palhas,
areias impiedosas soterraram
os seus jardins de encanto e as muralhas.
Já não és o meu oásis, já roubaram
sonhos, nossos, teus e meus, tristes mortalhas,
que as pragas que chegaram corroeram,
as entranhas e os alicerces às muralhas.
Outrora foste paz, sonho e aventura...
hoje és dono dum reino de desventura,
Que se perdeu no breu da vastidão.
Quero ainda o teu carinho, o teu regresso,
Que voltes ao mundo é tudo quanto peço,
que deixes o reino da escravidão.
Manuel Manços
Amor Final
Agora tu podes enfim comemorar
Mataste todo amor que te ofertei
Nem mais o teu nome quero falar
Para esquecer do quanto te amei.
Meus sonhos finalmente esqueci
Cansei de sofrimentos e solidão
Nem mesmo tua voz quero ouvir
Para ti tranquei de vez o coração.
Teus olhos que de paixão me perdi
São luzes que o desprezo apagou
Nem de longe quero ver o teu sorrir
Para mim és o tempo que passou.
Talvez possas um dia compreender
Que o amor é real sinônimo de paz
E o quanto a dor saudade faz sofrer
Por amor que não volta nunca mais.
Errastes ao pensar que eu seria
Quem que não poderia te esquecer
Mas quero ter de volta minha alegria
Amando quem faça por merecer.
Adeus meu sonho lindo colorido
Que em prosas e versos exaltei
Talvez sejas feliz, mas duvido...
Que alguém te ame como amei.
Autor: Falcão S.R
domingo, 25 de agosto de 2013
“AS FLORES E OS MEUS AMORES”
De todas as flores cá do meu jardim aquele jasmim é um dos meus amores.
Tão simples e belo, tão alvo de cor, tem o tom do cabelo do meu amor.
De cor tão singela, é a flor mais bela desde a sua raiz! Como fico aqui
feliz a admirá-lo de pé, quando ele me diz, “Bom Dia”, até!
Mas
também mora aqui no meu quintal, perto da areia, aquela rosa linda em
botão! Vi-a ontem e chamei-a, quis falar-lhe ao coração…Fitei os seus
lábios rosados sem lhe contar o meu desejo, recordei tempos passados e
depois pedi-lhe um beijo…Pôs-se a rir mas não mo deu: disse que eu não
precisava, que já tinha quem mos desse, a minha amada!
Como ela mo disse a rir, quis parecer-me que anuiu, porém quando ia a dar-lho eu, voltou-me a cara e começou a fugir!
Alfredo Costa Pereira
MINHAS MÃOS
Falam
Movimentam-se
Elas
Exprimem
Carinho
Amor
Afagam
Acariciam
Trabalham
Pintam
Desenham
Escrevem
Minhas mãos
Fazem
Um pouco de tudo
No meu dia-a-dia
São mãos
Divinas
Mãos de luz
Que Deus me deu
São mãos
De mulher
São mãos
De menina
Minhas mãos
Balançam
Como
Se fosse
Uma dança
Que me encanta.
Mila Lopes
Assinar:
Postagens (Atom)