terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mulher de vermelho

Que a distância não apague
Em ti a minha existência
E o nosso enlevo, pleno

Que os nossos corpos
Permaneçam enleados, no imaginário
E o calor das palavras penetre, demorado
E perpetuamente na candura da nossa alma.

Que a paixão, clame
A cada instante, harmoniosa
E no alento perdure
Sôfrega aos meus-teus olhos.

Que a ânsia não arrefeça
Persista, cadenciada e cristalina
Que a fantasia, se encontre
No corpo e se sirva viva e adubada.

Que suspire, incessantemente
Trema nos versos, sem cansaços.
Que o bálsamo das prosas
Cultive e aflore
Eternamente o meu regaço…

Que no presente
Me aprisione com devaneios
E com gestos delicados
Me alague em carícias
E seduções infinitas
Enquanto te alucino e penso.

Que o fôlego dos meus sonhos
Floresça de madrugada
Na tua alma nua e extasiada

Que os meus sonhos
Longos e sabidos
Sorriam e estremeçam, suavemente
O teu e o meu corpo…

Não consintas…
Que o que eu experimento, seja passado.

Telma Estêvão
 

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