Mulher de vermelho
Que a distância não apague
Em ti a minha existência
E o nosso enlevo, pleno
Que os nossos corpos
Permaneçam enleados, no imaginário
E o calor das palavras penetre, demorado
E perpetuamente na candura da nossa alma.
Que a paixão, clame
A cada instante, harmoniosa
E no alento perdure
Sôfrega aos meus-teus olhos.
Que a ânsia não arrefeça
Persista, cadenciada e cristalina
Que a fantasia, se encontre
No corpo e se sirva viva e adubada.
Que suspire, incessantemente
Trema nos versos, sem cansaços.
Que o bálsamo das prosas
Cultive e aflore
Eternamente o meu regaço…
Que no presente
Me aprisione com devaneios
E com gestos delicados
Me alague em carícias
E seduções infinitas
Enquanto te alucino e penso.
Que o fôlego dos meus sonhos
Floresça de madrugada
Na tua alma nua e extasiada
Que os meus sonhos
Longos e sabidos
Sorriam e estremeçam, suavemente
O teu e o meu corpo…
Não consintas…
Que o que eu experimento, seja passado.
Telma Estêvão
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