sábado, 31 de agosto de 2013

Meu Risco, Meu Rabisco


Do risco,
Colho o perfume perpetuando
Meu verbo encantado
Na voz do escriba,
Amante da letra lamparina,
Da centelha aberta aos olhos do coração!

No rabisco,
Encontro a fonte delineando
Meu poema traçado na
Na imagem, feminina,
Na felina escultura brotando
Em refrões desaguando
Em pipas apaixonadas,
E sonetos sensitivos!

Do risco,
Cubro-me em esmeraldas,
Garimpadas na alma charmosa,
Dengosa, a chama latente
Provida em sensibilidade
E a simplicidade da mulher
Que ordenha a vida
Ao desabrochar da paixão!

No rabisco,
Teço minha teia pescando
A ideia, o sonho, a lenda
Viva que a todo instante
Paira sobe este humilde
Birô de lamentos amorosos,
Pura melancolia adentrando
Nesta típica moldura barroca,
Ali, d’onde pinto você
Em harmonia, em amor
Que só a minha lágrima
Sabe sentir!
Auber Fioravante Júnior
 
 

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