sábado, 30 de novembro de 2013

ESTRADAS SEM FIM…

Estradas sem fim,
Era a voz que dizia nas brumas da imaginação…
Do sentido ficava a melosa viagem à desilusão,
Espasmos que a vida solta no desfiladeiro do coração,
E era sim que o mundo refletia em mim.

Estradas sem fim,
Desalinhadas colinas serpenteavam a minha loucura…
Amargo de boca que beijava aos pés da tua sepultura,
Luzes que atropelam a vaidade e nos meus olhos perdura,
Ficou tudo diferente em lápides de marfim.

Estradas sem fim,
Sorriso que despoleta a energia para viajar no olhar…
Sombras imperfeitas que nos desejos me levam acordar,
Da casa ficam as memórias que vislumbro ao sonhar,
Parto num instante hesitando o confim.

JOSÉ MIGUEL ARAÚJO


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