sábado, 30 de novembro de 2013

Dia cinzento

Quando olho nesta lonjura
O tédio insinua-se e cansa
O meu humor sem ternura 
Alcança a alma sem esperança.

Alarmada com o rumo vago
Que todo o meu pensamento
Está a tomar, eu afago
A alma num silêncio perfeito de lamento

E estremeço involuntariamente
Perante os vazios inertes e errantes
Perante o silencioso da mente
E das palavras distantes.

Neste tempo presente
O meu subconsciente grita
Desordenado e exigente

Sofro com os meus picos de humor e com os meus ais…

Com os ruídos perdidos
E invisíveis do amanhecer e nada mais.

Telma Estêvão


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