SAUDADE
Meu doce e terno ninho se perdeu.
O lar onde nasci já se arrasou.
Lembranças! Meu encanto se quebrou.
Vida te foste! Algo em mim feneceu.
O meu jardim de goivos pereceu,
e “tempestade alada” mo secou…
O vento da “má nova” me levou
doce raiz, na terra a escondeu.
Escuros dias que correm sem nexo,
Fénix que renasce, de novo amplexo,
meu relicário, marco de emoções.
Aqui te ateias humilde passado,
meu moiro agreste, de alfange quebrado,
e até as pedras são recordações.
Manuel Manços
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