DESCALÇO
Era uma vez uma pobre criança,
De negros pés da terra que pisava…
Pois era a própria pele que ele calçava,
Sem ver no horizonte alguma esperança…
Na pequena ambição até sonhava,
Na sua vida agreste uma mudança:
Com bem menos pobreza e mais bonança,
Onde o futuro ao seu olhar brilhava!
Caminhava descalço para a escola:
Onde aprendeu a ler e a escrever,
Nos livros que levava na sacola!
Hoje na sua vida a entardecer,
Liberta o coração e se consola,
Nestes poemas feitos de sofrer!...
Por: José Manuel Cabrita Neves
Nenhum comentário:
Postar um comentário