terça-feira, 10 de setembro de 2013

DESCALÇO

Era uma vez uma pobre criança,
De negros pés da terra que pisava…
Pois era a própria pele que ele calçava,
Sem ver no horizonte alguma esperança…

Na pequena ambição até sonhava,
Na sua vida agreste uma mudança:
Com bem menos pobreza e mais bonança,
Onde o futuro ao seu olhar brilhava!

Caminhava descalço para a escola:
Onde aprendeu a ler e a escrever,
Nos livros que levava na sacola!

Hoje na sua vida a entardecer,
Liberta o coração e se consola,
Nestes poemas feitos de sofrer!...

Por: José Manuel Cabrita Neves
 

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