DENTRO DO TEU VENTRE
Desafias-me porque não sabes.
Tens um poder desastrado que amo.
Toda a falta de senso possível,
todos os problemas do mundo.
Tremo de fúria tantas vezes.
A fúria mais calma do ser humano.
Os muitos beijos que me mandas,
estão tao longe como os meus dedos.
Que te tocam algures, cegos de vontade.
A arte que imagino, sao cores únicas,
espalhadas como óleo lubrificante,
que eu gozo, no teu corpo nú de mim.
Sentir longe o som dos ventres,
o apelo de toda a pele sedenta,
cola-me a ti por desejo puro.
Falta o corpo aqui, faltas tu.
Dentro de mim, existe uma imagem,
os lençois enrugados que apertas,
as correntes de sons e de cheiros,
que me enlouquecem aos poucos.
Sózinho, vivo dentro desse ventre,
em explosões de encanto e prazer.
Desafias-me porque até sabes.
Sabes que preciso de ti!
Carlos Lobato
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