CANSADO
Sinto o meu corpo cansado
E o meu rosto molhado
Acho que estive a chorar.
Sinto-me frágil, tão pequeno
Com as minhas mãos aceno
Ninguém quer para mim olhar.
Preciso de amparar-me
Vem proteger-me e escutar-me
É urgente ter outra luz…
Não sei se suporto mais
Sigo em frente rumo ao cais
O destino ali me conduz.
Perdoai a minha fraqueza
Aliviai-me esta tristeza
Instalada em meu coração.
Minha vontade é desistir
Já não sei para onde ir
Por isso clamo perdão.
Não sei mais o que há comigo
O meu desejo é estar contigo
Seco o meu rosto molhado.
Perdi-me dentro de mim
Para estar vazio assim
Com meu sorriso calado.
Há momentos é verdade
Em que sinto uma vontade
De deixar tudo e fugir…
Aos poucos morro para a vida
Sem esperança nem guarida
Pois não sei para onde ir.
Joaquim Barbosa
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