Estação da Poesia
Enquanto o vento nas pedras
Molda mais uma catedral,
Na soleira equidistante canta o sabiá
Chamando em cores a estação das flores,
Daquele buquê em ramalhete paixão!
Maestria em ensaios,
Pela seda se compõe, embriaga-se
No versar da brisa cantando baixinho
Como um pranto orvalhando o jardim
Ainda alviverde, em botões piano canção!
Já é noite, e pelo arvoredo
O canto silencia doando o silêncio
A uma sacada de peitoril colorido,
D’onde o romantismo estima-se em tecidos longos,
Uníssonos ao amor, evidente ao coração!
Em dissonantes de lá maior
Adentrou o luar ao recanto de navegar,
Entre brumas e ritmos do imo,
Pelas juras que se juram pele à flor da pele,
Única da escrita, impar na solitude da poesia!
Auber Fioravante Júnior
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