A um rosário contei
minhas mágoas uma a uma.
Tantas contas desfiei
que não sobrava nenhuma.
É de sonhos povoada
a história da minha vida.
Mas se vão... fico sem nada.
Sozinha, triste, perdida...
Ter asas e não voar,
ser triste e não ter de quê,
é como quem quer contar
aquilo que não se vê.
Leves são as minhas penas,
brancas, de linho tecidas.
São suaves e pequenas
mas tristes e doloridas.
Paula Amaro
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