Ternura em Plenitude
Diante dos olhos estrelou-se o céu,
O papel amarelou-se junta a penumbra
Caindo macia, serena, singular
Como o olhar pela poética da Galileia,
De quem ama ao pranto de versar!
Pela pele nua se escreveu à lágrima
Latente d’alma, do silente mudo
D’um mundo terno bordado em lantejoulas
À flor da pele, à vontade do âmago,
Do corpo vestido em poesia!
D’um veio nasceu o beijo,
Pelo abraço o valsar de rodar no espaço,
Girar e girar sobre as nuvens de algodão,
D’onde os apelos se dão em desejos etéreos
Feito a fonte dos lírios vermelhos!
Em cada palavra um gosto de mar,
Um brilho de cantar e encantar... Essência!
Para velejar em sentimentos sedosos,
Simples ao testemunho do Galileu,
Que nos ensinou o amor pela oração!
Auber Fioravante Júnior
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