“INSÓNIA”
Quando adormecer não consigo,
Nem com carneiros contando
Eu fantasio o amor, sonho contigo,
E de volta para volta vou-te abraçando!
Nas noites frias, quando busco abrigo
Nestes sonhos acordado, fico a meditar,
Imaginando, amor, nem quero acreditar:
Que amando ficavas toda a noite comigo…
Em plenitude eu ardo em fogueira aberta!
E vou cantando poemas para ficar alerta,
Absorvendo-me em espiritual sensualidade…
Apreciando sempre muito a nossa afectividade…
Mas eis que a pertinaz insónia me desperta,
Persuadindo-me, tonto, de facto a acreditar
Que o meu sonho acordado tinha sido realidade!
Alfredo Costa Pereira
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