sexta-feira, 29 de novembro de 2013



O SOL ARDE

Não tenho sorrisos no rosto, 
Na orla do dia. Monstros!

Com sorrisos falsos no rosto
dói-me a vida,
dói-me esta dor,
dói-me ler a via de frente,
levá-la num rosto indiferente,
andar de caminhante ainda distante
nesse compasso doente.

O coração, crente
na poeira revoltante,
a amargura,
este ar perturbante...

Olha, dói-me esta fome de viver
nas mãos desse costume
que custa a nascer.

Dói-me ser este laço,
entrelaço do fracasso,
esse sorriso sem começo,
o olhar enxugado no insucesso
momentos parceiro da desgraça.

dói-me...
esta dor que me consome.

Fredy Ngola


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