quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Os olhos da minha alma

Os meus olhos dispersam-se em céu aberto
Falam comigo a sós e com as saudades que me percorrem 
E neste silêncio íntimo e encoberto
A alma ouve vozes em chama que a incitam e consomem.

O meu olhar vago e inerte poisado no infinito
Estaca comigo numa languidez inclinada
E neste vazio carente e aflito
Respiro unicamente o odor da saudade carbonizada.

Num silêncio ensurdecedor
O meu olhar vagueia
Por ermos caminhos
E nele passeiam mil pensamentos
E cavam mil e uma lagrimas partidas…

Telma Estêvão


Nenhum comentário: