domingo, 1 de setembro de 2013

Pausa

Nas margens deste rio,estendo meu corpo
Deixo a água da sabedoria
Enriquecer este vendaval de ossos
E nas articulações descubro harmonia

Nos gestos e rituais ensolarados
Meus humoes quedam-se,ficam pasmados

Uma nesga de amor provém dum raio solar
Interstícios de existir,vocabulário novo a esvoaçar.

Qual gaivota,voando de espanto,o mar
Enche meu ser de estrelas e sonhos até ao canto lunar.

Silêncio e Pausa,quebra-se o impetuoso desdém
Na vida,nos mitos e poemas eles saciam-se e falam deste além.

O silêncio redime-nos,expurga-nos a violência
Seremos imortais com liberdade,sonho e tolerância.

De Silêncio e Paz
Tudo se faz.

Agostinho Borges de Carvalho
 

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