segunda-feira, 23 de setembro de 2013

OUTONO E O CAIR DA FOLHA

As manhãs nascem cinzentas e húmidas,
As árvores despem-se das folhas caídas,
Aves voam p'ra bem longe, em bandos,
As pessoas, passam de reais a múmias.

A natureza amarelece com’a tristeza,
Não abdicando nunca da sua beleza,
Semeia pessimismos e copiosa chuva,
Mobiliza pessoas na apanha da uva.

Perdem-se esperanças, caiem projectos,
Da família, restam saudades e afectos.
Longe, desfrutam várias oportunidades,
Aproveitando climas e outras realidades.

O tempo não acaba de vez com o Outono,
Outras estações se seguirão, mais amigas,
Que relançarão a vida p'ra melhores dias,
Não nos deixando jamais, ao abandono.

Ruy Serrano,
 

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