sábado, 7 de setembro de 2013

O canto do poeta

Dizem que sou um mero fingidor
porque escrevo poesia.
Mas será que o poeta é fingido
quando fala na dor
no ódio e tristeza do dia-a-dia
do rasgado mendigo
deslembrado sem eira nem beira
na mãe solteira abandonada
à sorte e prostituição
à mulher que leva com a cadeira
e é também violada
da casa onde não há razão nem pão.

Será o poeta um fingidor
quando escreve o que vai na alma
o que sente um coração
ao ver os mais fracos sem amor
sofrendo o nojo da guerra
e uns quantos a ditaram o sim e não.

Os poetas não são fingidos
quando pintam com palavras belas
o sol da manhã celestial
os campos do nosso país floridos
o canto das aves sem brigas
e contam a realidade bem desigual.

Joserodrigues/zeal
 

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