quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Escondida na sombra

Fechei o sol no bolso,
Lua, espreita-me escondida.
Explode a angustia,
De tanto segredo.
Um grito ardido,
Na sombra de uma teia.
Emaranhadas palavras,
Arranham teu trono.
Na solidão do vidro,
Retorcidas imagens.
Cinzas numa cama destruída
Abafa e apodrece o meu tempo.
Fragmentos cristalinos,
Cravados, sangram um choro.
Versos partidos,
Ungidos pelo adeus.
Escondida na inocência,
Jardim mal cuidado.
Rastros, restos, vestígios,
Meus passos aprisionados,
Sozinha…
Conto o tempo,
No silêncio de uma nuvem.

  Céu Pina
 

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