quinta-feira, 5 de setembro de 2013

MAR

Experimento o ar salino e humedecido
Deste mar, choroso… searas de vento e espuma
Invadem, violentas as marés… adormecido
Este mar, que se desfaz em coisa nenhuma…

Não há quem o contemple pela bruma…
As lágrimas e o pranto neste mar perdido,
E a onda esbelta fareja o cheiro da espuma
Neste mar largo de pranto, onde nada faz sentido…

Só o voo, grácil das gaivotas a estender-se,
Alado, sobre as ondas, prazenteiro a esconder-se
__Para sempre nos braços longos da tarde…

As areias repousam calmamente à beira-mar…
Encantadas com o astro-rei a inflamar
Num desejo, de fechar os olhos à realidade…

MARIA JOSÉ SARAIVA GASPAR GONÇALVES

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