segunda-feira, 23 de setembro de 2013

“Casa do Lago”

Nobreza silvestre que atrai
Rebelde condição de vida
Sem juventude e amai
Sua beleza é guarida

Passou o tempo pelas estações
Vigorosos anos e acariciados
Pelos orgulhosos verões
Aos invernos desventurados

Em silêncio canta a cotovia
Neste mundo tão natural
Tranquilo gaio lhe assobia
Na densa sombra vegetal

Onde água profunda namora
O bosque que nela entra
Lago cristalino de outrora
Brilha a casa que penetra

Em figura de conto de fada
Finos cabelos brancos arrasta
Rugas rupestres na fachada
Divisa do século é vasta

Elisabete Bernardo 
 

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