quarta-feira, 4 de setembro de 2013

“A CHUVA”
A chuva cai e molha o meu rosto
crestado dos anos, cansado da vida.
Em cada vinco, a marca de um desgosto,
um sonho desfeito, uma despedida...

Quando o sol chegar, talvez amanhã...
quem sabe(?) aqueça de novo a esperança,
meu rosto ainda volte às cores da romã
e eu sinta por dentro de mim a criança.

Aquela borboleta que de flor em flor
derrama alegria, transporta o amor
ganhando na vida a magia do sonho.

E minha alma, se aquietou por fim!
Não faz todavia já parte de mim.
Dorme agora no poema que componho.

Paula Amaro
 

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