quinta-feira, 22 de agosto de 2013

POR TODAS AS VEZES QUE TENTO

Por todas as vezes que tento,
ha uma limitacao intransponivel.
Tento tudo, contra mim proprio.
Tento a sensacao se de ser feliz.
E toco-a sempre... muitas vezes.
Mas o tempo, a besta crua,
tem um laivo cruel de nitidez.
A nitidez que me falta, que quero,
que me faz sumir a realidade.
Por todas as vezes que tento,
na nudez da minha alma,
sao tantas outras, as vezes que falho.
Aprendi a cair, sem dor,
por tantas as vezes que caio.
Por todas as vezes que tento,
nao faz sentido o passado.
Nao tem sentido o presente,
apenas uma forma inteligente,
apenas seguir a vida... viver.
Apenas tento a emocao das coisas,
das pessoas, e eu proprio.
Sou emotivo por defeito,
um defeito horrivelmente agradavel.
Por todas as vezes que tento,
nunca consigo o intento,
mas nao deixo nunca de tentar.
Que o Sol me traga o vento,
que me atenue o calor da mente.
Que eu tenha descernimento,
por todas as vezes que tento,
para nunca deixar de amar.


  Carlos Lobato
 

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