sábado, 24 de agosto de 2013

“Canela”

Gosto do teu cheiro…
Admiro-te fina especiaria…
Fazes-me recordar os ventos a oriente,
Grão que delicio no salivar
Pelos lábios a poente…
Sabes a doce-amar.

Polvilho-me do teu aroma de flor,
Perfume de séculos…
Polvilho os conventuais doces
Com o teu pó das arábias…
Visto-me da tua cor, moldes belos
Que beijo ao luar.

Essência do meu instinto
Que cozinho na bela confraria…
Doces, compotas e demais, inteiro
Pau de sedução
Que inspiras o cozinhado de tentação.

És a mais bela flor…
Planta aromática de fervor
Ao meu coração
E, no lume a sedução…
Ao natural a vera paixão.

Sinto quimeras da tua beleza…
Perfumes que jamais esquecerei, a certeza
Que és e serás sempre a minha predilecta
Quer seja cozinhada, ou ao natural,
És perfeita.

Planta doce afrodisíaco da minha alma
Tenho a ideia mais colorida
Ser um dia ‘canela’ nesta semente de vida.

Não o sei…mas, o precinto
Num tempo… quiçá real
Saborear algumas palavras
Com um quê de sábias.

RÓ MAR
 

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