segunda-feira, 29 de julho de 2013

Vitral

Eu bebo ao pé da fonte cristalina
De uns olhos claros a espelhar o céu
Pois ébrio a pressentir sabor do mel
Que a indústria dos teus lábios me insemina...

Cantata de emoção na visão fina
Das faces encobertas por um véu
Que exclamam, a sorrir, que sou um réu
Pois tudo que ora falo me incrimina!

Resplende a auriflama na inteireza
De um verso que revoa em boa hora
Que canta, a balbuciar a tua leveza,

Avesso de um silêncio que se explora
E avança, a palpitar só de nobreza:
Afeito à muda espera, se demora!

Francisco Settineri.

Nenhum comentário: