Vitral
Eu bebo ao pé da fonte cristalina
De uns olhos claros a espelhar o céu
Pois ébrio a pressentir sabor do mel
Que a indústria dos teus lábios me insemina...
Cantata de emoção na visão fina
Das faces encobertas por um véu
Que exclamam, a sorrir, que sou um réu
Pois tudo que ora falo me incrimina!
Resplende a auriflama na inteireza
De um verso que revoa em boa hora
Que canta, a balbuciar a tua leveza,
Avesso de um silêncio que se explora
E avança, a palpitar só de nobreza:
Afeito à muda espera, se demora!
Francisco Settineri.
Nenhum comentário:
Postar um comentário