NOITES NA MINHA ALDEIA
Noites de breu, na minha aldeia, a florir.
Com cheiro a ervas, de risadas cristalinas
onde o luar aos portados ia sorrir,
a medos que espreitavam às esquinas.
Noites n’aldeia, o luar ia fulgir
no velo de lã qu’eu via abrir, uma rotina…
para o pobre em novo leito não sentir
dores no corpo ditadas pela sua sina.
Noites de ouro, de cristais e pedrarias
Qu’escoavam pelas fendas, fantasias
para o pó de ruas pobres, sem guarida.
Noites lânguidas, quentes e de desejos,
de olhares furtivos, de tímidos beijos
onde os corpos no breu geravam vida,
Manuel Manços
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