terça-feira, 30 de julho de 2013

Já fui

Já fui ave,fugindo aos ventos
Já atravessei mares e travei portentos

Desci ao abismo desta alma
Enriqueci tuas palavras com alusões
Aos tempo da cólera,da fome
E bani o ódio destes corações

Já fui mar,soletrando pingos de água
Por sobre o teu nome e sem mágoa.

E na evocação de tua imagem
Sacralizei teu branco sorrir
Inscrevi na tua pele
Um doce mel de sonhar e não nutrir

Já fui luar,descendo no azul-matiz
A serpentear a serra,qual afoito petiz.

Senti a luz nos clarões da tempestade
Vivi sonhos e o abrir,alegre,desta primavera.
Vesti o corpo de mil formosuras
Impus o reino da paz, como aprouvera

Corpo-sonho
Corpo-lição
Saboreemos tua palavra
Que desta era
Nos faz alusão.

Agostinho Borges de Carvalho
 

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