quarta-feira, 31 de julho de 2013

HORAS

Nas horas tristes, de angústias refinadas,
chegam pavores que assomam às janelas…
Horas, almas rendidas, amarguradas,
que arrastam os ventos fortes, das procelas.

Horas calmas, paz de sonhos, deslumbradas
pelo branco céu fulgente, em aguarelas,
são Roxas, de sangue vivo e delicadas,
trindades, que se furtam às suas celas.

Horas, ecos de veludo e voz das fontes,
Árias de Mozart, que murmuram p’los montes,
Cativando a natureza num festim.

Horas, liberdades raras, num ocaso
paz de gente que se abraça em campo raso…
Horas fascinantes, madrigais sem fim!
Manuel Manços
 

Nenhum comentário: