sexta-feira, 26 de julho de 2013

FADO ALENTEJANO

Parti do meu Alentejo
seguindo sina bizarra.
Trouxe segredos dos cantes,
todo o encanto dos Montes
e a minha “voz” de cigarra.

Deixei a sua planície,
nómada cm’um cigano.
Hoje pr’a ter alegria
canto o fado noite e dia,
sou fadista alentejano.

Ai que saudades, montados,
de ouvir as “moiras”, tão belas,
dos pastores e das cantigas
das papoilas e das espigas,
dos trigais, em aguarelas.

Trouxe nas mãos a saudade,
saudades de ser quem era.
No meu peito há uma guitarra,
sigo alguns Deuses, com garra:
Marceneiro, Amália e Severa.

Manuel Manços
 

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