segunda-feira, 17 de junho de 2013

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A tristeza que me invade o coração
Lacrimeja azul pelos dias de cinzas nevoeiros,
Grata é à alma de girassol
Que me regala nos lamentos soalheiros.

Pelas ventarias se inventa o nítido crepúsculo
Que encerra o capítulo passado, espraia-se no presente
E sobe pelo firmamento ao azul celestial, o belo.

Vejo nuas montanhas que se centelham ao sol
Quando as “meninas” lhe piscam o olhar,
Beliscam-se as colinas em pétalas de emoção,
Oásis que nasce para amar.

E, o verão chega sempre ao outono da vida
Como que um beijo que se eterniza na margem
Desta leve ideia que traz no pensamento a partida.

Em pleno da melodiosa canção
Colho os espinhos de bravas rosas sorridente,
O carinho que emana a luz vidente.

Transformam-se as gotas dos sentimentos
Nos mais nobres momentos
Que vão além da margem.

A lágrima cede-se ao oceano
Lívido e cristalino
Num pasmo súbito e incandescente
Que devora a mais intensa mágoa.

Espelha-se no azul cintilante
Da rasa água
A iris dos meus olhos, “menina” do oceano.

RÓ MAR
 

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